Meta derruba contas chinesas do Facebook se passando por famílias militares dos EUA
A Meta derrubou uma rede de contas falsas que se passavam por famílias militares dos EUA e ativistas anti-guerra. As contas falsas no Facebook e Instagram tinham origem na China e visavam o público dos EUA, de acordo com os pesquisadores de segurança da empresa.
A Meta detalhou as derrubadas em seu último relatório sobre comportamento inautêntico coordenado (CIB). O conjunto de contas falsas era relativamente pequeno - 33 contas no Facebook, quatro perfis no Instagram, seis páginas e seis grupos no Facebook.
As contas postavam sobre porta-aviões dos EUA e outros "temas militares", além de "críticas à política externa dos EUA em relação a Taiwan e Israel e seu apoio à Ucrânia", escreveu a Meta em seu relatório.
O grupo também administrava contas no YouTube e Medium e compartilhava uma petição online "alegando ter sido escrita por americanos para criticar o apoio dos EUA a Taiwan". Os pesquisadores da empresa disseram que as contas falsas tinham origem na China, mas não atribuíram o esforço a uma entidade ou grupo específico.
Durante uma ligação com repórteres, o líder de inteligência de ameaças globais da Meta, Ben Nimmo, disse que houve um aumento nas operações de influência baseadas na China ao longo do último ano.
"A maior mudança no panorama de ameaças", disse Nimmo, "foi essa emergência de operações de influência chinesas." Ele observou que a Meta derrubou 10 redes CIB com origem na China desde 2017, mas que seis dessas derrubadas ocorreram no último ano.
No verão passado, a Meta descobriu e removeu uma rede especialmente grande de milhares de contas falsas que tentavam espalhar mensagens de propaganda pró-China na plataforma.
Em ambos os casos, as contas falsas aparentemente não tiveram sucesso em espalhar sua mensagem. A última rede só conseguiu alcançar cerca de 3.000 contas no Facebook, de acordo com a Meta, e as duas páginas do Instagram não tinham seguidores no momento em que foram descobertas.
Ainda assim, os pesquisadores da Meta observam que tentativas como essa provavelmente continuarão antes das eleições de 2024 e que pessoas com grandes audiências devem estar atentas ao compartilhar informações não verificadas.
"Nossa pesquisa de ameaças mostra que, historicamente, a principal maneira pela qual as redes CIB chegam às comunidades autênticas é quando conseguem cooptar pessoas reais - políticos, jornalistas ou influenciadores - e se conectam às suas audiências", diz o relatório.
"Formadores de opinião respeitáveis representam um alvo atraente e devem ter cautela antes de amplificar informações de fontes não verificadas, especialmente antes de grandes eleições."